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Deutscher Werkbund
Deutscher Werkbund

O Deustscher Werkbund foi uma organização cultural alemã fundada em 1907 por um conjunto de artistas e de personalidades do meio industrial e produtivo, lideradas pelo arquiteto Muthesius, e motivadas pela consciência da necessidade de criação de um novo repertório figurativo para os produtos industriais.

Pretendia enobrecer o trabalho artesão, relacionando-o com a arte e a indústria, incluindo a resolução do problema da qualidade da produção industrial, balizada entre a utilidade e a beleza.

Estas questões da relação entre o funcional e o emocional no objeto de consumo estavam já presentes no movimento Arts and Crafts que se desenvolveu em Inglaterra . O Deustscher Werkbund difere deste, no entanto, pela oposição à produção artesanal, preferindo a claramente o fabrico industrial.Integraram o Werkbund muitos dos mais importantes arquitetos e artistas contemporâneos, que estenderem a sua influência a toda a produção artística europeia. Alguns conceitos que integraram o pensamento do movimento moderno foram desenvolvidos neste contexto: tipificação, funcionalidade e relação entre produção e cultura. Foi marcante para a formação da nova geração de arquitetos alemães, como Walter Gropius, Mies van der Rohe e Taut, estabelecendo a ponte com a geração precedente: Van de Velde e Peter Behrens .O Werkbund não foi um movimento cultural nem apresentou coerência. Pelo contrário, coexistiram sempre figuras diversas que manifestavam tendências estéticas por vezes antagónicas, derivadas de poéticas ora mais expressionistas ora mais racionalistas.

O Congresso de Colónia de 1914 condensa as discussões entre duas fações: a que apoiava a estandardização e a tipificação, centrada em torno da figura de Muthesius, e a que defendia a individualidade criadora e a liberdade do projeto, como Van de Velde.

O trabalho desta organização incluía várias manifestações, como publicações, congressos, concursos ou exposições, de que se destacam a exposição do Weissenhof em Estugarda, em 1927.

Em 1934 foi dissolvida pelo movimento Nazista.

 

RESENHA + A Bauhaus: a evolução de uma idéia, 1919-32.

 

A Bauhaus foi o resultado de uma tentativa contínua de reformular a formação nas artes aplicadas na Alemanha por volta da virada do século, seus princípios de proclamação, em 1919, tinham sido antecipados no programa arquitetônico de Bruno Taut para o Arbeist für Kunst, publicado em fins de 1918. Taut argumentava que uma nova unidade cultural só poderia ser obtida através de uma nova arte da construção, na qual cada disciplina isolada daria sua contribuição para a forma final. ºA essa altura não existirão fronteiras entre os ofícios, a escultura e a pintura; tudo será uma coisa só, a Arquitetura.ª A palavra Bauhaus, proposta por Gropius evocava intencionalmente a Bauhütte medieval. Como dito porOskar Schlemmer: ºOriginalmente, a Bauhaus foi fundada com a finalidade de erigir a catedral do socialismo, e os ateliês foram dispostos à maneira dos alojamentos dos construtores das catedrais. Com o tempo, a idéia da catedral passou para o segundo plano,e, com ela, certas idéias definidas de uma natureza artística.ª

 

Nos primeiros três anos de sua existência, a Bauhaus foi dominada pela presença crismática do pintor e professor suíço Johannes Itten, cujos objetivos em seu curso obrigatório para alunos do primeiro ano eram libertar a critividade individual e permitir que cada aluno pudesse trabalhar com base em sua habilidade específica. A posição ntiautoritária e até mesmo mística de Itten foi substancialmente reforçada por sua permanência no centro masdeísta de Herrliberg. Na metade daquele ano, ele oltou para converter seus alunos e colegas aos rigores desta versão moderna de uma religião persa arcaica. A crescente divergência entre Gropius e Itten foi exacerbada pelo surgmento, em Weimar, de duas personalidades igualmente poderosas: o holandês Theo van Doesburg, artista ligado ao De Stijl e o pintor rsso Wassily Kandinsky, que veio juntar-se à Bauhaus, por instigação de Itten, no verão de 1922. Argumentos criados por Gropius em favor da reconciliação entre design artesanal e produção industrial provocou a demissão imediata de Itten.

 

Após a demissão de Itten, Gropius convida Moholy-Nagy a assumir tanto o curso preliminar quanto a oficina de metalurgia. Sob a liderança dele, os produtos da oficina voltaram-se para um ºelementarismo construtivistaª que, com os anos, foi atenuado por uma preocupação madura com a conveniência dos objetos produzidos. Este estilo, buscado por Moholy-Navy nos Vkhutemas da União Soviética, foi complementado em outros segmentos da Bauhaus pela influência do De Stijl de Van Doesburg e por uma abordagem pós-cubista da forma, como evidenciavam os ateliês de escultura sob direção de Schlemmer a partir de 1922.

 

A ideologia mutável da Bauhaus foi novamente demonstrada por Gropius em um artigo no mesmo numero de Bauhausbücher; intitulado Wohnhaus-industrie, ilustrava uma extraordinária casa redonda projetada por Karl Fieger, cuja concepção centralizada e leve antecipava a Casa Dymaxion de Buckminster Fuller, construída em 1927. Além disso, Gropius publicou suas próprias casas em série que pretendia construir nos arredores de Weimar. Essas casas em série foram finalmente realizadas como as casas dos mestres construídas na Bauhaus de Dessau em 1926.

 

Depois de 1923, a aboragem da Bauhaus tornou-se extremamente ºobjetivaª, no sentido de estar estreitamente afiliada ao movimento Neue Sachlichkeit. Essa afiliação, que, apesar de sua massificação um tanto formalista, se refletiu nas construções para a própria Bauhaus de Dessau, iria tornar-se mais acentuada depois da demissão de Gropius em 1928. Os últimos dois anos sob a direção de Gropius distinguiram-se por trÊs fatos muito imporantes: a mudança de Weimar para Dessau, muito bem orquestrada em termos de trâmites políticos, a conclusão da Bauhaus de Dessau e por último, a emergência gradual de uma abordagem característica da Bauhaus, em que uma ênfase maior incidia sobre a derivação da forma a partir do método de produção, da sujeição do material e da necessidade programática. No início de 1928, Gropius apresentou seu pedido de demissão. Essa mudança transformou radicalmente a Bauhaus, e, por mais paradoxal que seja, dada a crescente atmosfera reacionária vigente em Dessau, fez com que ela se voltasse ainda mais para a esquerda, chegando, inclusive, a uma posição mais próxima do movimento Neue Sachlichkeit.

 

E m 1927, surgira o departamento de arquitetura na Bauhaus, sob o comando de Hannes Meyer, que foi capaz de orientar a obra da Bauhaus, livre da influência de Gropius, para um programa de design mais ºsocialmente responsávelª. Simples, desmontável e barato, o mobiliário em madeira compensada veio para o primeiro plano junto com a produção de uma grande variedade de papéis de parede. Apesar da preocupação de Meyer em impedir que a Bauhaus se transformasse em instrumento de partidos políticos de esquerda (ele resistiu à tentativa de formar uma célula estudantil comunista), uma campanha impiedosa contra ele finalmente obrigou o prefeito a exigir sua demissão.

 

A política municipal e a reação da direita alemã, exigiram que a Bauhaus fechasse suas portas e que sua fachada sachlich fosse revestida por um telhado em vertente ºarianoª. Exigiram que os marxistaas fossem impugnados, e que os liberais emigrados fossem banidos junto com suas obscuras obras de arte. A Bauhaus só continuou em Dessau por mais dois anos. Em outubro de 1932, o que restava dela foi transferido para um velho depósito nos arredores de Berlim. Naquele momento, porém, as comportas da reação estavam escancaradas, e nove meses mais tarde a Bauhaus foi finalmente fechada.

 

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